sábado, 11 de fevereiro de 2012

A VIRTUDE DO CULTO DE SANTA CEIA DA IGREJA DO SENHOR


OS 5 SÍMBOLOS DA SANTA CEIA DO SENHOR

                Desde criança fui ensinado a valorizar adequadamente o culto de celebração da Ceia do Senhor Jesus.
               posso recordar da primeira calça azul que ganhei de meu pai para ir ao culto de celebração da santa ceia,era um tergal antigo,e aconteceu uma ruptora inesperada devido a qualidade do produto,mas isso não tirou de mim a virtude e o respeito por esse dia que eu considero o dia mais especial,que se trata da mesa postas aos filhos do reino no lar terra no ambiente templo,denominado (igreja) 
Admiro-me cada vez que observo em certas igrejas a total ausência de piedade, reverência e solenidade nesse ato de especial celebração. A ceia não pode ser celebrada em um ambiente de velocidade. Ela precisa ser tratada com prioridade, elegância e temor.
                Jesus ordenou que celebremos a Ceia até que Ele volte. Essa perenidade confere uma significação muito peculiar para o Corpo de Cristo.
                Diferentemente do que ocorreu com a multiplicação dos pães, praticada coletiva e publicamente, a primeira Ceia foi oficiada em um ambiente absolutamente privado.
                Não deveríamos vulgarizar tanto a Ceia, a ponto de a realizarmos em um culto público, de domingo à noite, por exemplo, quando não se estabelece nitidamente a diferença entre membros da Igreja e inconversos.
                Quando Paulo recomendou a cada um que se examine a si próprio não estava se referindo a cada um pecador, senão a cada um santo.
                Existem várias significações no ato da Ceia do Senhor. Pretendo alinhar cinco, a seguir.
                Em primeiro lugar, observe-se o significado histórico.
                A Ceia do Senhor assinala o fim dos sacrifícios imperfeitos do Antigo Testamento. Não mais touros, bodes, carneiros, novilhos ou pombas, etc., pois o Cordeiro de Deus havia chegado e estava pronto para o Grande Sacrifício.
                Ela também indica o fim da celebração da Páscoa. A Primeira Ceia aconteceu logo após a Última Páscoa.
                A Igreja, ao contrário de Israel, não tem compromissos com a Páscoa. Para nós, redimidos pelo sangue do Cordeiro, Cristo é nossa Páscoa, como escreveu Paulo aos coríntios.
                É fácil perceber que existe uma tentativa de reeditar a Páscoa na Igreja, a partir das comemorações  da páscoa mundana, sem identidade bíblico e sem conteúdo espiritual.
                Alguma reação séria e efetiva precisa ser oferecida.
A Ceia se identifica com uma aliança absolutamente nova. Assim como a Igreja não é a mera continuação de Israel, a Ceia não é um mero e ocasional desdobramento da Páscoa.
Páscoa é Páscoa e Ceia é Ceia.
A Páscoa recorda Moisés. A Ceia lembra Cristo. Moisés era um tipo. Cristo é o Antítipo, cheio de graça e de verdade.
O sentido histórico da Ceia nos permite entender que o derramamento do sangue de Cristo foi o centro de Seu ministério e é o alicerce de nossa fé no Plano Redentor de Deus.
Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado, Hb 9.22.
Em segundo lugar, menciono o aspecto profético da Ceia do Senhor.
A Ceia levanta o véu que encobre muitas profecias e fatos proféticos alinhados ao longo do Antigo Testamento.
Por exemplo, o encontro de Abraão com Melquisedeque. A Bíblia declara que Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque  e este, por sua vez, ofereceu a Abraão pão e vinho.
É a primeira vez que esses dois elementos aparecem juntos no texto canônico e apontam para aquela noite em que Jesus entregou pão e vinho aos Seus discípulos, já inseridos no contexto da Ceia.
A Ceia retrata o cumprimento da sublime e imortal profecia de Isaias 53. O Cordeiro se deixou imolar pelos pecadores e seus sofrimentos abriram para nós as portas da salvação, da felicidade e do bem-estar.
A Ceia aponta para o cumprimento literal da mensagem do último  e grande profeta da Antiga Dispensação, João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, Jo 1.29.
Durante séculos Deus contemplou as ofertas e os sacrifícios dos cordeiros do homem. Na Cruz Ele viu o Seu próprio Cordeiro morrendo por nós e assegurando-nos uma perfeita e eterna salvação, I Pe 1.18,19; Hb 5.9.
A Ceia une Gênesis ao Apocalipse. Naquele aparece a promessa do proto-Evangelho (3.15). Neste, a multidão de salvos aparece dando graças pelo sangue derramado em seu favor (Ap 5.9-11).
Em terceiro lugar, a Ceia possui um significado escatológico.
Ela aponta para a iminente volta do Senhor Jesus. Ao mesmo tempo em que recorda o passado da Cruz ela nos deixa antever o encontro sublime com o Noivo.
Paulo escreveu aos coríntios: “até que Ele venha”, I Co 11.
A Igreja vive um presente de vitória porque tem um passado de libertação e um futuro de glória.
Jesus falou de beber de novo no Reino do Pai. O ato de participar da Ceia do Senhor revitaliza nossa esperança na Segunda Vinda do Amado. Recompõe os elementos que constituem nossa expectativa e anulam eventuais ataques do Inimigo, os quais tentam nos desmotivar no prosseguimento da carreira cristã.
Em quarto lugar, existe um significado eterno na Ceia do Senhor.
O pão e o vinho são elementos terrenos, mas o que eles representam é algo celestial e duradouro.
A Ceia aponta para a eternidade do sangue de Jesus que é divino, perfeito, imaculado, santo, precioso e totalmente aceito como moeda de compra da nossa libertação e resgate da nossa alma.
A Ceia nos declara a eternidade do sacrifício do Filho de Deus, um  sacrifício irrepetível, feito com a participação do Espírito Santo (Hb 9.14) e totalmente convalidado nas mansões celestiais.
A eternidade desse sacrifício envolve e inclui a eternidade de nossa justificação, Rm 5.1.; 5.9.
A Ceia nos informa que a redenção é eterna e será desfrutada por uma Igreja que recebeu o dom da vida eterna, através de Cristo, Rm 6.23; Jo 3.15,16.
A celebração da Ceia não será eterna, mas o que a motivo possui a eternidade: a Pessoa de Jesus, o sacrifício de Jesus e a salvação oferecida por Jesus.
Finalmente, em quinto e último lugar, não esqueçamos o significado prático da Ceia do Senhor.
Diante da Mesa do Senhor terminam nossas diferenças e o Senhor promove o relevante milagre de nossa unidade em Cristo.
Diante da Mesa do Senhor somos renovados: em nossa fé, em nossa esperança e em nosso amor, I Co 13.13.
Muitas vezes temos chegado à Casa de Deus dominados por algum tipo de exaustão, desmotivados, cansados e enfraquecidos. À medida que a Ceia acontece, um sopro renovador invade nosso espírito, domina nossa alma e se espalha até pelo nosso corpo.
Este é o refrigério de Deus para nossas vidas. Esta é a terapia do Noivo para com a Sua querida noiva.
Diante da Mesa do Senhor nos sentimos UM só, em Cristo. Nosso amor cresce, nossa fraternidade se dilata, nossa comunhão se enobrece e se agiganta.
Diante da Mesa do Senhor saímos fortalecidos, ou seja, com uma nova disposição nova para continuarmos a viagem, para permanecermos no combate, para multiplicarmos a nossa devoção a Quem nos amou e por Seu sangue nos lavou de nossos pecados, Ap 1.5.
Graças a Deus pela Ceia do Senhor. 
E milhões de vezes mais, graças a Deus pelo Senhor da Ceia.
A Ele glória no tempo e na eternidade.
No dia da Ceia e em todos os demais, recordemos sempre que a vitória é nossa pelo sangue de Jesus.

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